sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Terra à Vista

Navegante eu vou, por oceanos e terras nunca antes pisadas
Com minha tripulação, não buscamos tesouros e sim emoção
Não são espertos como deveriam ser, mas alegres de bem entender
Se afogam em rum e dançam a majestosa lua e às lindas mulheres

Somos um rebanho, uma matilha, somos humanos, donos das ilhas
No corpo sinais de batalhas, e guerras mal acabadas
Não fugimos à luta, não sou um covarde, fazemos bem nossa parte
Roubamos, e gastamos, não temos nomes nem soberanos

Cada um vive sua lei, sobreviver e aproveitar o mar
Sempre em frente, sempre a velejar, por mais que queira parar
De corpo não somos completos, nos falta pedaços, não ficamos quietos
Perdi uma donzela em alto mar, na guerra do feitiço vieram me levar

Retornei, mais forte e mais rápido, segurem-se todos vamos matar
Levantar âncora, calmos e frios, espontâneos e exagerados
Virtudes e vantagens, defeitos e certezas, somos um só
Viemos reinar, e resgatar o orgulho do mar e deixá-los no chão

Assim, continuamos todos os dias, não temo a morte
Ela sim, nos teme, afinal, imortais são eles
Que me acompanham nas batalhas, com feridas e sangues
Cada um sem saber o que são, mais com ódio e amor no coração

Sou pirata, sou do mar, daqui ninguém me tira
Pois se quiser, venha batalhar, e tente nos vencer
Sou terrível, sou cruel, não tenho dó nem compaixão
O sangue pulsa mais forte quando se diz Terra à Vista

[Rafael Xereta]

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Beira Mar

Oi Beira do Mar, encanto do ar
Ô beleza boa de se ver, maravilha
A sereia lá na frente a nadar
E eu aqui em cima dessa ilha

Não fico na maldade
Nem penso em ilusão
Sou sincero na verdade
E aceito o seu perdão

A cada onda que vem fico bem
A cada onda que vai vou além
Me deito e olho pro céu azul
Me deito e penso que estou nú

A liberdade viaja sem razão
Ninguém compreende o que digo
Se quer sentem a sensação
Do que é não ter um abrigo

[Rafael Xereta]

Sempre sendo

Aqui é o mesmo lugar, não mudou muita coisa
O sol sempre bate na janela direita da casa
Quando é manhã os pássaros ainda visitam o jardim
Quando é noite os cães logo vão se deitar

Quem vai poder tirar de mim a sensação de não entender
Me arrepender de entender que é tudo igual pra sempre
O som que toca de fundo nunca vai mudar
Sempre ao som de uma boa guitarra e um paladar

Alguém vai me gritar, alguém vai querer explicar
Mas a razão é simples e sem má intenção
Vou querer acordar e ver sempre ao meu lado
Meu velho querido violão e as gavetas abertas

Ao som dos carros a passar não deixam acalmar
Esquecer de onde são, e ouvir uma ótima canção
Simples e humana, nada de especulações
Apenas licitações de como foi a vida por eles vivida

[Rafael Xereta]

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Uma verdade sobre Orkut

Texto de autoria de Marco André Vizzortti
Professor de Informática da USP


O ORKUT apareceu como uma forma de contatar amigos,
saber notícias de quem está distante e mandar recados.
Hoje está sendo utilizado com o propósito de,
creio ser o seu maior trunfo, obter informações
sobre uma classe privilegiada da população brasileira.
Por que será que só no Brasil teve a repercussão que teve?
Outras culturas hesitam em participar sua vida e dados
de intimidade, de forma tão irresponsável e leviana.

Por acaso você já recebeu um telefonema que informava que seus filhos estavam sendo seqüestrados?
Sua mãe idosa já foi seguida por uma quadrilha de malandros?
Já te abordaram num barzinho, dizendo que te conhecia faz tempo?
Já foi a festas armadas para reencontrar os amigos de 30 anos atrás e não viu ninguém?
Pois é.
Ta tudo lá. No ORKUT.
Com cinco minutos de navegação eu sei que você tem dois filhos, tem um namorado, estuda no colégio tal, freqüenta cinemas.
E o melhor de tudo, com uma foto na mão, identifico seu rosto em meio a multidões, na porta do seu trabalho, no meio da rua.
Afinal, já sei onde você está.
É só ler os seus recadinhos.

Faço um pedido:

Quem quiser se expor assim, faça-o de forma consciente
e depois não lamente, nem se desespere,
caso seja vítima de uma armação.
Mas poupe seus filhos, poupe sua vida Íntima.
O bandido te ligou pra te extorquir dinheiro também porque você deixou.
A foto dos meninos estava lá.
Teu local de trabalho estava lá.
A foto do hotel 5 estrelas na praia estava lá.
A foto da moto que está na garagem estava lá.
Realmente somos um povo muito inocente e deslumbrado.
Por enquanto, temos ouvido falar de ameaças a crianças e idosos.
Até que um dia a ameaça será fato real.
Tarde demais.
Se você me entendeu, ótimo!

Reveja sua participação no ORKUT, ou ao menos suprima as fotos e imagens de seus filhos menores e parentes que não merecem passar por situações de risco que você os coloca.
Se acha que não tenho razão, deve se achar invulnerável.
Informo que pessoas muito próximas a mim e queridas
já passaram por dramas gratuitos, sem perceber que tinham sido vítimas da própria imprudência.
A falta de malícia para a vida nos induz a correr riscos desnecessários.
Não só de ORKUT vive a maioria dos internautas.
Temos uma infinidade de portas abertas e que por um descuido colocamos uma informação que pode nos prejudicar.
Não conhecemos a pessoa ou as pessoas que estão do outro lado da rede..
O papo pode ser muito bom, legal.
Mas disponibilizar informações a nosso respeito pode se tornar perigoso ou desagradável. Portanto, cuidado ao colocar certas informações na Internet.

PS:- Passe a todos que você conhece e que utiliza o ORKUT, 1Grau,
Gazzag, NetQI, Blogs, Flogs, Skype etc... para que todos
Tenhamos consciência sobre o assunto
e possamos colaborar com a diminuição do crime.

Um abraço,

Marco André Vizzortti*
Professor de Informática da USP

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Urgência

Um passo aqui, um passo ali
Nada urgente, apenas passos
Querendo ganhar a sobreviência
A vontade de te ter sempre

Eu preferia não ser criado
Talvez inventado por você
Sem defeitos, sem marcas
Sem cicatrizes, nem histórias

Padrões de existência
Covardemente copiados
E invejados pelos patrocinadores
Da grande rebelião humana

Viver, correr, escapar
Sobrevier é preciso
Estar vivo é uma forma de pensar
E assumir vários valores

Outro passo, outra vida
Ali dentro tem alguém
Lá fora também tem
Estou aqui, não faço o mal

Só quero o bem

[Rafael Xereta]

Combustível

Eu não sei porque assim
Nem sempre vai estar aqui
Se não me representa mais
Então por que sorri pra mim

Não é nada comfortável
Acordar e sustentar mais
É tudo complicado sem razão
Mas não tão difícil de entender

Se pudesse voltar no tempo
Não seria tudo tão assim
Estaria de carga cheia
Pronto para enfrentar e adiar

Estaria muito bem até agora
Mas ainda estou
É preciso ser um pouco
Mais suficiente

Trago em mim a lembrança
De muito tempo atrás
Construindo o meu desejo
Que agora flui com paixão

[Rafael Xereta]

domingo, 30 de novembro de 2008

Carta ao Papai Noel

Querido Papai Noel, meu nome é Isabela. Como todas as crianças que te escrevem, eu também fui uma boa menina este ano, e queria ganhar muitos presentes. Me comportei muito bem, não desobedeci meus pais, e tirei boas notas na escola. Por isso, e outros motivos estou te escrevendo esta cartinha, queria ganhar um ótimo presente.
Pensei em vários tipos de coisas para ganhar, tem uma boneca que eu vi em uma loja, ela é maior do que eu, queria tanto ela, mas também tem umas roupinhas que minha mãe me mostrou, e um monte de sapatinhos coloridos.
Mas de um tempo pra cá, as coisas mudaram, e surgiu um pequeno problema. Meus pais de repente começaram a agir de forma diferente comigo. E me disseram que eu ia ter que fazer um tal tratamento. Foi aí, que pouco tempo depois meus cabelos começaram a cair, e eu fiquei preocupada. Perguntei para minha mamãe o que estava acontecendo comigo, ela me disse que eu tinha uma tal doença, acho que o nome é leucemia. Depois disso Papai Noel, fiquei com muito medo de morrer. Por isso queria pedir ao senhor só uma coisa, um tal doador de medula óssea. Queria muito que você me ajudasse, pois sou muito novinha e não queria perder minha família. Ficaria muito feliz se me ajudasse, estou com muito medo dessa doença, ouvi meus pais conversando e parece que é muito difícil conseguir o tal doador.
Se me ajudar, juro que ano que vem te peço a boneca que eu tanto quero.
Obrigada pela atenção, beijos e espero resposta, não tenho muito tempo.

[Rafael Xereta]

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Aldeia

Tambores
Rumores
e gritos
É hora
agora
do agito

Bate o pé
Oshalá
Bate a mão
No chão

Esse corpo
que nasce
Com força
agora é

Guerreiro
da aldeia
Um novo
Pagé

Abençoa

Sua mãe
Mulher

Crescer
Caçar
Filhos
Prosperar

Chão batido
Terra quente
Pés descalços
Solo ardente

[Rafael Xereta]

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Diário de um caminhoneiro

Sou caminhoneiro, estou na estrada há mais de 20 anos.
Não pretendo fazer outra coisa em minha vida.
Nunca pensei em ser engenheiro ou doutor.
Gosto do que faço, e sei que faço bem.
Já passei por muita coisa, e muita coisa já passou por mim.
Sobrevivi a terríveis acidentes, já salvei vidas de acidentes.
A vida pelas estradas não é fácil.
É preciso punhos de ferro ao volante.
A saudade, me motiva para conseguir voltar.
Não tenho pressa, sempre firme e constante.
Às vezes saio sem saber se vou voltar, só faço minha oração.
Nesse ramo existe muita corrupção, tem gente por aí com trabalho ilegal.
Tem gente carregando madeira, carvão, e até animal.
E pra falar verdade, já transportei de tudo em minha carroceria.
Tenho experiência suficiente pra contar que um amor resiste às estradas.
Já vi amigo meu perder mãe, família e namorada.
Não sou muito conhecido, ninguém me vê na rodovia. Só dou sinal que pode passar.
É legal quando alguém dá aquela buzinada, parece até que lembram que tem alguém dirigindo aquele caminhão pesado.
Frases no paralama já tive várias, ultimamente não carrego nada.
O que eu sei é que vivo pra levar e trazer, não sei quando vou parar nem morrer.
Sigo na estrada, sigo adiante, até o dia em que Deus achar que é o bastante.

[Rafael Xereta]

As borboletas voltaram

As borboletas voltaram, e dessa vez querem me levar
Para voar sem ritmo, quando a primavera chegar
Misturando o som, misturando o dom e a cor do nosso batom
Em meio a selva selvagem de rios por entre a paisagem

Me ensinaram a entender o bater de suas asas
Criando no ar as cores da natureza rebelde
Fascinação pelo planeta em que vivem mediantes
Às conspirações causadas pelo famoso homem

O amanhecer, a chegada do sol, o brilho do rei
A réuva molhada, latidos dos cães e mais borboletas
Voltaram para me ver, voltaram trazendo a luz
Incrível som silencioso de seus rebolados flutuantes

Flores no jardim a esperar o seu pouso tocante
No ventre de suas pétalas doces e serenas
Repousar e flutuar no incrível céu azul
Brizante como o cheiro puro de terra molhada

[Rafael Xereta]

Quem surfa em tsunami sabe a onda que pega

Queria saber quem está aí
Aquele que surfa nos sonhos alheios
Envolvido em grandes ilusões
Passando por um tsunami de magias
Talvez ele sabe o risco que corre
Só não percebe a nobreza dos fracos
Que só em uma onda faz canções
E que nessa vida sofre
Por quem pega suas confissões

[Rafael Xereta]

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Da guarda

- É aqui que vamos entrar?
- Sim, pode seguir.
- Certeza que consegue fazer isso?
- Confie em mim, é logo ali.
- Você não tem medo de morrer?
- Na primeira vez eu pensei que fosse.

- Ninguém sabe disso?
- Nunca contei, você é a primeira pessoa. Nunca mostrei a ninguém.
- Mas se alguma coisa acontecer comigo?
- Não se preocupe, está segura comigo. Estamos quase lá.
- Estou com medo, está anoitecendo.

- Chegamos. Me dê sua mão, e segure firme.
- O que eu tenho que fazer?
- Nada, apenas tente relaxar.
- Estou tensa, alguém pode ver.
- Vou contar até três e você pula comigo, certo?
- Tudo bem.
- Um, dois, três... é hora de voaaar...

[Rafael Xereta]

Sem asas

Me olho no espelho
Não vejo ninguém
O céu está vermelho
Eu fui para o além

Cansei de esperar
Alguém me entender
Vou ter que achar
Alguém para proteger

Anjo agora sou
Apenas invisível
Minha vez ele lançou
Preciso ser compreensível

Aguardar você chegar
Para quando subir
Meu lugar tomar
E eu sumir

[Rafael Xereta]

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

De pai pra filho

Chegou a hora, tenho que partir
Deixo em tuas mãos meu reinado, minha vida
Tudo que eu fiz, tudo que criei
Agora está em seu nome
Seja corajoso, não tema a seus adversários
Desfrute os prazeres da vida, mas sempre com um pé atrás
Seus inimigos estão espalhados por aí, e podem te apunhalar pelas costas a qualquer momento Seus olhos, são seu guia
Seus pés, tua direção
Seus ouvidos, agora entenderão
Pois seus sentidos vão te conduzir a mais pura razão do saber

Cuide bem de todos, não maltrate ninguém
Um dia ou outro, você vai precisar dos favores de alguém
Tenha paciência e perseverança
Ensine o pouco que sabe, assim se tornarás um gênio que nunca deixa de aprender
Evite conflitos pessoais, evite maltratar a si mesmo
Compaixão e afeto, duas palavras para o seu dia-a-dia
Faça tudo isto que te deixo crescer mais
Queira expandir, queira evoluir
Não contente com o peixe, vá pescar em outros mares
Receba a benção divina de qual que seja o seu santo
Ajoelhe e peça perdão para quem magoou
Retire a forca de quem um dia te maltratou

A partir de hoje, me despeço de você e de todo meu povo
Nunca temi, nunca fugi
Estou de partida para nunca mais voltar
Confio em você, te tornei um grande homem
Virível e capaz de coisas que nunca conseguiria imaginar
Respeite tua mãe, ame teu irmão Idolatre a vida, e seja um grande patriota
Não deixe que ninguém tire de você o chão que pisa
Nem o amor de sua vida
Faça muitos filhos, eles vão te amar como eu te amo
Um amor imenso, que nunca vai se acabar e pelas estrelas vai se estender

Agora você, meu filho, é o homem da casa

[Rafael Xereta]

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Baseado em fatos imaginários

- Sentido! Bom dia senhores, hoje vocês estão reunidos aqui pois foram selecionados para uma operação especial. Vocês foram analisados durante anos e foram designados como nossos melhores homens, a partir de hoje suas vidas, são nossas vidas, o que acontecer por lá pode nos prejudicar eternamente. Vocês receberão ordens e saberão bem o que fazer. Estão de acordo?
- Sim, senhor!
- Este será o seu Capitão, seu nome é Dickson, ele comandará todos vocês. Nunca o desobedeçam, ele foi treinado para liderar equipes de grande nível como a nossa, e selecionado para esta missão. Entendido?
- Sim, senhor!
- Muito bem, amanhã estarão viajando para a missão, descansem e durmam bem hoje, vão precisar de muita força. Desejo-lhes boa sorte.
- Obrigado, senhor!
- Alguma pergunta?
- Não senhor!

- Dispensados.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

- Capitão!?
- Sim, senhor?
- Como estão as coisas por aí?
- Até o momento tudo em ordem Coronel, conseguimos avançar uma base e dominamos alguns reféns.
- Então escute, recebemos notícias de um infiltrado de que eles estarão avançando com artilharia muito pesada.
- E então, o que faremos? Não temos condições de recebê-los, estamos com pouca munição.
- Acho melhor resistirem até a noite, e recuarem à outra base. Tenham muito cuidado, recrute o pessoal e faça essa trajetória.
- Sim, senhor.

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- Coronel!?
- Sim, Capitão!
- Conseguimos chegar a base, e já está amanhecendo, só que estamos sendo fortemente atacados, peço reforço urgente. Nossos homens estão cansados e com fome, e a munição já não é suficiente.
- Resista o máximo que puder capitão, não sei o que vamos conseguir, vocês são nossos melhores soldados. Buscarei reforço, logo entramos em contato.
- ...
- Capitão??
- Coronel, urgente... temos 2 mortes e um gravemente ferido. Estamos sendo atacados.
- Aguente firme, estou entrando em contato com o pessoal.
- ...
- Capitão??
- ...
- Responda Capitão, é uma ordem!
- ... coronel, coronel, o capitão não está mais entre nós. Não sobrou ninguém, perdemos a guerra... estou sozinho aqui, não conseguiram me achar.
- Soldado, me diga sua posição agora!
- Nâo sei Coronel, estou perdido. Acho que estou perto da fronteira.
- Esconda-se o tempo que puder, estou enviando resgate.
- ...
- Soldado? Soldado responda!
- ...

[Rafael Xereta]

terça-feira, 28 de outubro de 2008

HC

Talvez não seja assim
Se todos devem cair uma vez
Eu não posso tentar te segurar
O padrão não permite estagnar

Outra rebelião aqui ao lado
E ninguém ao menos finge se preocupar
O rei sequer desceu do seu trono
Para falar o que queremos entender

O poder ninguém consegue
Ou te dão, ou nunca vai ganhar
Contente com seu pouco
Ou faça tudo isso acabar

Mais uma vez tento te convencer
Mais uma vez é hora de lutar

Pessoas escondidas por trás dos muros
Grades e alarmes para avisar
Quando alguém pode invadir
E simplesmente te matar e acabar

Um comforto de um lar
Não pode te deter
Um papelão para deitar
É o que precisa para entender

O poder ninguém consegue
Ou te dão, ou nunca vai ganhar
Contente com seu pouco
Ou faça tudo isso acabar

Mais uma vez tento te convencer
Mais uma vez é hora de lutar

Sequestraram minha razão
Naquela noite em que tudo tinha um fim
Levaram o que eu tinha
Meu orgulho, minha vida, minha família

Quem vai trazer de voltar o que se tinha
Quem vai tirar a imensa dor que era tudo que queria

É aqui onde vivo, e divido com vocês
Um país de vantagem, de coragem
Que não sabem se orgulhar
Eles só pensam em roubar, matar

[Rafael Xereta]

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Vingança da natureza

Está quente, está queimando muito
Não consigo suportar o vapor do ambiente
Meus poros estão praticamente vazando água
Minha boca sempre pedindo qualquer líquido

O calor insuportável, provoca doenças e irritações
A água da piscina já não é a salvação
O protetor solar já não suporta a queimação
Não há roupas que amenizam a situação

O aquecimento global é real
Ninguém acreditou, tão pouco nem duvidou
Agora estão queimando como no inferno
Derretendo a alma e ardendo

Ventiladores, exaustores e o ar-condicionado
São inúteis contra a reação da natureza
Ela se vinga de idiotas seres-humanos
Que a maltrataram e agora pedem trégua

Chuvas impiedosas, calor insuportável
Frio congelante, ventos destruídores
Marés imprevisíveis, furacões inovadores

É tudo real. Ela só está se vingando
Ela só está mostrando para não brincarem mais.
Ela, a NATUREZA, é muito mais forte que todos seres-vivos.
A vingança existe, e é melhor parar de maltratar.

Pois o fim, pode estar perto de chegar.

[Rafael Xereta]

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Conflitos Inspiratórios

Sentado, buscando inspiração
Um copo de cerveja, ou uma ilusão
Viajando no passado, imaginando o futuro
Cruzo os dedos quando eu juro

Programar o futuro, se ele nunca virá
Interromper a vida de alguém que fará
Deixar rolar tudo o que vier
Esquecer de tudo e fazer o que quiser

Sem entender o que estão dizendo
Dizer algo que tire um sofrimento
Caminhar sem olhar para trás
Flutuar a alma como se fosse um gás

Amar alguém a vida inteira
Não amar, pois dizem que é bobeira
Lutar quando for mais preciso
Ver alguém na rua, e lhe dar abrigo

Envelhecer e gostar de ver as rugas
Brincar alguma vez de tirar as pulgas
Sentar no colo do avô mais um dia
Lembrar que isso era tudo que ele queria

Sorrir sem ter medo de chorar
Chorar muito quando for preciso se entregar
Não se iludir com medo de sofrer
Abraçar o mais forte, até doer

Ir à guerra só para levantar
Uma bandeira branca e gritar
Paz agora, não quero morrer
Todos aqui merecem viver

[Rafael Xereta]

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

É de arrepiar!



A verdadeira música boa sempre prevalece, independente de seu estilo.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Esperando o quê?

Você vive esperando o quê?
Tem gente por aí fazendo cada coisa, que às vezes nem sei se estão vivendo, ou estão por conta.
Existe pessoas que não têm vida durante a semana, a única coisa que querem é que chegue logo o final de semana para fazerem a festa e zuarem bastante, enxerem a cara e fazer loucuras na madrugada (interessante, mas e aí domingo acaba tudo?)
Tem gente por aí que vive esperando o tão famoso carnaval... "Ah quando o carnaval chegar..." fico indignado com certas coisas, mas melhor deixar os micareteiros fora disso. Afinal, tem gente que divide o abadá em até 5x só para ouvir música e beijar bastante.

Existe também pessoas que não esperam nada, esquecem de tudo e não estão nem aí para nada.
Não estou aqui tentando falar que deve-se ou não esperar algo. Mas qual o fundamento? Você sabe se vai estar vivo?
Eu, sim, pretendo e espero muita coisa para mim e para minha vida. Mas um passo de cada vez, deixa rolar.

Não espere nada!
Não espere alguém te cumprimentar.
Não espere alguém te ligar.
Não espere alguém dizer te amo.
Não espere uma mão amiga.

Cumprimente. Ligue. Ame. Amizade.

Pra que esperar a resposta sem saber a pergunta. (hmm.. intrigante)

[Rafael Xereta]

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Meu abrigo

Está muito escuro aqui, a chuva cai forte lá fora
E você ainda não chegou
O barulho dos trovões são confundíveis ao teu carro
E você ainda não chegou

A luz acabou, mas as velas já estão acesas
E você quando vai chegar?
Estou cansado, exausto, mas não posso dormir
Até você chegar

Jurei amor eterno, jurei proteção por toda vida
Algo me diz que devo te procurar por aí
Mas a chuva cai muito forte, e lá fora não existe mais nada
Todos fugiram, tudo acabou, só nos restou um lar

Droga, peguei no sono. Acordei já era dia
Olhei pro lado e você não estava
E assim foram-se semanas e semanas
Todos os dias as velas estão acesas, como combinamos

Não posso acreditar que te levaram, sei que vai voltar
A natureza te trará, é só esperar a chuva passar

Hoje a noite sai em sua busca, as estrelas me mostravam o caminho
O som do vento pelas ruínas me indicava a direção
A voz em minha cabeça me encorajava de razão
E outra vez acreditei em meu coração

Não mais voltei para casa
Não mais acredito na vida
Por este fim de mundo vou caminhar
Por esses dias pretendo te encontrar

Droga, adormeci de novo. Já não sei mais onde estou
Acordo suado no meio da noite, e quem me diz 'está tudo bem?'
É você. A razão. O porquê.
Encontrei após dias de paz e dias de luta. Encontrei meu bem maior
Meu refúgio, meu abrigo.

[Rafael Xereta]

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ódio

Músicas beneficiam o que os sentimentos querem responder.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Dor e Cor

O som que entra na tua mente, te faz viajar de repente
Como se fosse um demente, pensa em coisas que faria cruelmente
Seria tão fácil aceitar, pois é tão simples matar
Só quero alguém para amar e hoje vou ter que te encontrar

Alguém precisa te dizer o que você vai ter que fazer
Eles precisam entender que somos jovens e não temos nada a perder
Essa não é uma revolução, somos pessoas sem educação
Não queremos o seu perdão, quero ver seu sangue no chão

Talvez eu pense em fugir, do herói que vai surgir
Em tua cara vou cuspir e te dizer pra sair daqui
Que chegue logo o teu fim, estou aqui pro que quiser de mim
Tente me ve me ver enfim, estamos todos na beira do fim

Seus planos estão inteiramente em pedaços, não deixe cair até sentir a dor
Frio na barriga antes do amanhecer e ter que ver de novo a mesma cor

[Rafael Xereta]
O ódio é uma caixa, e o amor também.
Simples de usar, difíceis de aprender.

[Dead Fish]

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Adeus

A mente flui de repente meu amigo
O que eu queria dizer não foi o que eu disse
Só tente entender que eu vou voltar
Estarei bem por lá, ela vai comigo pra cuidar
Nada ganha quem nada tem pra ganhar

Deitado aqui, vendo esse filme estranho
Do que se trata essa invenção
Você nunca vai entender o que eu quero
Uma casa, um filho, um lar
Só quero amor, talvez eu volte

[Rafael Xereta]

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Música, cerveja, amor e luz

Você, é você, da era digital
Que nunca pegou um vinil
E o colocou para tocar
No antigo aparelho de seu pai

Desfrute, conheça o passado
Por alguns momentos ele se torna
Um presente magnífico
De viagens e alucinações

Tome uma boa cerveja
Em uma antiga caneca de seu avô
Ame, deseja uma mulher querida
Faça amor, mostre amor, dê amor

O som, a música é uma viagem sem fim
Você conhece paisagens antes nunca vistas
Sua mente paralisa, e viaja o mais alto
Perto de seus sonhos e prazeres

Recomendo uma boa uma música
Recomendo uma boa cerveja
Recomendo o amor

Desfrute a vida, desfrute os sábios
Que um dia fizeram suas obras
Para seus posteriores conhecerem
E cada vez mais, adiante passar

Luz para todos

[Rafael Xereta]

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Jardim

Eu não sei bem quem é você
Mas me disseram que seria melhor
Trouxe-lhe algumas coisas
Talvez seu sorriso melhore um pouco
Você chegou na hora certa
Vamos dar um pouco de risada

Não pensei que seria assim
Imaginei um outro tipo aqui
Mas assim é bem melhor
Os pássaros voltaram a cantar de manhã
E o sol não me ofusca mais no horizonte
Sinto que o vento virou a favor

Preciso de um pouco mais, pode me dar?
Sinta o perfume da água escorrendo em suas mãos
Esqueça o medo do frio, ajoelhe-se e não reze
Feche os olhos, vou te provar como vai ser
Apenas sinta, esqueça o pavor, sinta
É mais forte, é muita sorte, é amor

Entenda que a lógica não tem lógica
Que somos todos alienados pelo tesão da existência
Nossos sonhos são tão simples e compreensíveis
Aceita um pouco mais de água? Não está muito gelada
Tudo bem, vou buscar algo diferente então
Isso foi só o que encontrei, espero que resolva

Isto estava na porta do hospital, naquele belo jardim

[Rafael Xereta]

Richard Wright

O tecladista e membro fundador do Pink Floyd, Richard Wright, morreu nesta segunda-feira aos 65 anos.

Mais em: http://tree4u.blogspot.com/2008/09/richard-wright-morre-aos-65-anos.html

Singela homenagem:

Escrever e Trovar

Sentado, analisando frestas com luzes que adentram o ambiente e causam a sensação de vida lá fora.
Um rosto abatido, o sinal em minha perna de tanto ficar cruzada sobre o joelho esquerdo causa uma sensação de dormência.
O barulho de água caindo, dentro da cabeça ou fora dela, uma constante viagem ao interior do oceano cerebral.
Alguns rabiscos embaixo do abajur, feitos nas noites de insônia causadas por excesso de ansiedade.

Logo ali, um par de chinelos, com o pé direito virado de ponta cabeça, isso quer dizer morte na família?!
Um velho cinzeiro com cinzas de dois dias, e meio cigarro apagado por um câncer na traquéia. O velho não resistiu.
O som do piano, batendo em uma só nota, remetendo lembranças de ondas passadas, possuídas por barulhos ilícitos.

O trânsito parado, o cheiro de churrasco, e alguns gritos de felicidade. Hoje é domingo.
O ventilador roda em movimento uniforme, nem frio, nem calor. Uniformemente agradável.
A cama mal arrumada, um par de meias por baixo dos lençóis, o travesseiro encaixado no canto junto à parede.
Insônia desagradável, compatível à dor das agulhadas do tatuador, que trabalha logo ao lado.

A porta entreaberta, esperando algum movimento, alguma pessoa. Mas o que entra é apenas poeira, outro dia para contratar uma diarista.
Três garrafas de cerveja, já quase vazias. Um paladar aguçado e um desejo no ar. Sem ter como me entregar, me entrego a escrever e trovar.

[Rafael Xereta]

domingo, 14 de setembro de 2008

Se a festa acabar

Se um dia a festa acabar
Essa festa que se chama vida
Eu morro com a certeza de que posso ir
Sabendo que estive bem em meu lugar

Fiz o meu papel só que ainda quero recordar
Daquela noite do brilho no olhar

Mas se um dia essa festa terminar
Eu não quero ir e te deixar
Quero me guardar pro dia certo eu partir
E de repente um dia você sumir

Fiz o meu papel só que ainda quero recordar
Daquela noite do brilho no olhar

Não me arrependo de nada que já fiz
Só o que eu sei, que se eu morrer
Eu vou morrer feliz

[Rafael Xereta]

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Revolução



Eu não vou ficar aqui esperando alguém fazer minha cabeça
Enquando o mundo não liga para quem já nasceu com ela
Eu não sei o que você quis dizer com aquelas palavras

A revolução começou, venha quem quiser e vamos pra guerra
A revolução não vai ter fim, até alguém morrer

Não vou deixar que te levem, e façam o que fizeram comigo
Fique aqui e se esqueça de tudo que te falaram
A confusão acontece quando eles estão dormindo e vamos atacar

É Gueeerra!!!!
Eu não vou deixar você fazer minha cabeça outra vez
Agora é minha vez de te lembrar como se faz
Um de cada vez, você vai ser o próximo da fila
É só ficar calado e não me incomodar

A revolução está apenas começando, e é hora de confusão
A revolução não vai parar, é hora de começar a matar

[Rafael Xereta]

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Leitura é cultura, logo temos educação.

Artigos de Tico Santa Cruz são usados como incentivo de estudo e debates em sala de aula, acessem:

http://mediacenter.db4.com.br/?id=678
(é só copiar o link e colar no seu navegador)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A hora certa

Ficar suave na vida independente de certas pessoas que não merecem valor
Meu Deus, peço que deixem minha vida em paz, ela está cansada demais
Caminhar, eu vou, sempre vou. Em busca de quem me faz bem a toda hora
Pedi que chegasse há muito tempo, mas se veio agora, foi a hora certa de amar

Te falo com os olhos, te olho com a boca
Te beijo com os braços, e me esqueço do mundo

Ainda existe aquele velho lugar, antigo abrigo dos inocentes
Onde fiquei por muitos anos, compartilhando harmonia com os chefes da magia
Temos que esperar, a chuva passar para poder falar o que sonhei, o que sonhei
E outra vez, outra vez, nem vi o sol nascer, me esqueci de sair daqui

Te falo com os olhos, te olho com a boca
Te beijo com os braços, e me esqueço do mundo

A chuva já passou, e não tem ninguém que possa me tirar daqui
Não posso ver, não posso crer na imaginação de um ser que cuida de mim
Mas de repente, eu te vi passar bem perto do sol pra me iluminar
Pra trazer de volta, o que não convém e só o que faz bem

[Rafael Xereta]

Ócio Criativo

Se você é mais um desses que odeia ler textos e artigos considerados 'gigantes', é melhor fechar a página deste blog e procurar uma revista de fofocas.


Acaba sendo produtivo não ter o que fazer, por mais que eu tenha acordado agora, exatamente às 10:35. Tento produzir em palavras as sensações e emoções que posso ter sentido durante o sono, ou que realmente esteja sentindo agora. Acredito que se alguém acorda pensando em algo constantemente, acaba sendo interessante. Pois aquilo está dentro da cabeça e acaba nos sendo útil e fazendo muito bem.

Se você está aí pensando, revirando, virando de um lado para o outro na cama, só para tentar imaginar alguma solução para tamanha vida, esqueça, assim não vai encontrar. Deixe o ócio criativo surgir, as soluções não surgem do nada, elas estão dentro da alma e a cada situação merecedora ela aparece.
Pare de questionar um pouco as coisas, e comece a valorizar algumas sensações que ninguém repara. Tente descobrir quem realmente sorri pra você, mas não é aquele sorriso pacato, sem graça, e sim um sorriso de vontade, aquele que vem de dentro da alma e o músculo do rosto trabalha sem querer criando um lindo sorriso, onde você pode mergulhar e sentir-se muito bem por vários dias.

Tente dar oportunidades e chances para os fracos, pois eles se sentem constrangidos, acham que são inferiores, mas são seres-humanos como todos nós. Valorize-os. *como se fosse fácil pedir isso a todos vocês*.
Tire, nem que seja, meia hora do dia para ficar literalmente à toa, não faça nada. Deite no sofá, e fique olhando para a televisão desligada, que reflete sua imagem. Fique por ali imaginando futilidades da vida, pois é numa dessas que você se torna um grande gênio, criando soluções para a SUA vida.

Aproveite também, quando tiver a oportunidade, dê um abraço de verdade em alguém, sinta-se aconchegando e sendo aconchegado, deixe as energias positivas do corpo sairem pelos poros da pele e criar aquela sensação de alívio e prazer.
Uma pessoa 'ócio' não é um vagabundo, pelo contrário, alguns 'ociadores' são considerados ídolos e conseguem mudar a cabeça de uma comunidade, criando assim, o livre-arbítrio para quem achava que o mundo é apenas governado por corruptos.
Um ócio diariamente, cultive a criação espontânea, não tente inventá-la, deixe surgir.
Afinal, ninguém te inventou, você surgiu.

[Rafael Xereta]

Maré da vida

Não sei onde estou, nem pra onde vou
Mas o que eu já sei, é o que já é
O mar já se foi, já me deixou
Pois quando eu vim, foi de uma maré

Aqui está muito escuro, não posso te ver
Luzes tão distantes, escondem você
O que eu preciso para encontrar
Outra vez o caminho do mar

Talvez faltou o sol, ou sequer apareceu
Quando eu te vi, logo escureceu
Já me despedi e voltei pro mar
Vou voltar pra casa e te encontrar

Não sei onde estou, nem pra onde vou
Mas o que eu já sei, é o que já é
O mar já se foi, já me deixou
Pois quando eu vim, foi de uma maré

Eu não sei o que eu fiz
Quando cheguei aqui
Não sei pra onde fui
Quando estive aí
Só preciso me encontrar de novo
Dentro de mim

[Rafael Xereta]

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

História da merda.

Era uma vez em um pasto de fazenda, um rato que tentava escapar das garras de um feroz gato.
Até que então o rato avistou uma vaca e teve uma idéia.
- Dona vaca me ajude a esconder do gato?
A vaca disse:
- Olha tem esse esse monte de estrume meu aí, esconda-se no meio.
E então o rato se escondeu.

Passado algum tempo o gato chega e pergunta para a vaca:
- Vaca, você viu um rato passando por aqui?
A vaca diz que não viu nada por ali.

Mas o gato, esperto, viu aquele monte de estrume e conseguiu ver o rabo do ratinho para fora, e então o puxou, deu uma balançada para limpá-lo e o comeu.


Moral: Nem sempre quem te põe na merda, te quer mal. E nem sempre quem te tira da merda, te quer bem.

[Professora Anita]

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

O fácil não me faz crescer.

Arco-ìris

Ela sempre vai, e nunca me diz quando vai voltar
E eu fico aqui sem saber pra onde ir
Sem saber o que fazer, ah ah ah
Só que por enquanto não vou tentar

Espero alguma coisa aparecer
Ao menos uma sombra atrás de mim
Ou talvez um voz gritando
Bem alto até ouvir

Corra enquanto é tempo
Talvez não consigam te alcançar
Dispare contra o futuro e esqueça o passado
Força, não queira cansar agora

Ela foi outra vez, só deixou um rastro
Para que eu a seguisse
Às vezes o sol me ofusca, mas eu vou
Eu vou, eu chego, eu encontro

Enquanto você espera a noite chegar
Eu estou chegando perto do sol
Buscar o que você tanto quis
Algo tão especial quanto você

Seu arco-íris de amor
Seu amor do infinito

[Rafael Xereta]

Mais...





quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Bom, apesar do Amantes Rock Clube ser de reflexão literária, não ando escrevendo muito e a partir de hoje estarei postando algumas fotos, para quem gosta de fotografia é um prato cheio.
Em breve, mais textos.
Desfrute.








Olhares.com - Fotografia Online

http://olhares.aeiou.pt/

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O Sentido da Vida





by Anônimo Incógnito

Ai se sesse

Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tavés que nois dois ficasse
Tavés que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse

Composição: Zé da Luz

Revolução Política

Ano de eleição, que legal, é hora de todo mundo ter consciência e votar no certo, analisar bem seu candidato para não se arrepender no futuro... blá blá blá.
Sempre a mesma história, acho que precisamos mudar um pouco o conceito de política, em vez de ficarmos batendo na mesma tecla, não a de confirma, que tal um revolução de verdade?!
Imagine você, uma revolução, onde uma cidade, que seja, não tenha nenhum eleitor, simplesmente todas as pessoas não comparecem às urnas eleitorais. Talvez seriamos taxados de otários, e perderíamos vários direitos que se dizem importantes, sendo que importante mesmo é você ter sua própria liberdade de escolha.

Não perco meu tempo pensando em quem irei votar, quem é bom ou não. Pois se eu for pensar nessas coisas, sinceramente não iria chegar a conclusão nenhuma. Política, às vezes, acaba sendo como a vida, tem que deixar rolar. Pois o povo brasileiro está acostumado a receber as 'cagadas' que o povo lá de cima faz. Já que estamos literalmente na merda, uma revolução seria uma ótima idéia, mas como "toda família tem um tio chato", vai ter alguém que se diz revolucionário e acaba indo votar com medo do que pode lhe acontecer.

Bom, não me interesso muito por política, não assisto a debates, não procuro me informar sobre seus planos de governo, nem qual o número dos candidatos. Tive essa idéia hoje, pode ser que não seja tão inteligente, ou totalmente idiota, mas achei legal. Quem sabe um dia ligamos a TV e lá assistimos uma reportagem dizendo que alguma cidade inteira ficou paralisada, pois nenhum eleitor foi votar. Eu ficaria surpreso, pois minha idéia não saiu desse texto e alguém teve a coragem de botar em prática.
Idéias são ótimas, mas seus idealizadores são heróis.

[Rafael Xereta]

Stress urbano

Sentado aqui na esquina, parei para analisar algumas questões
Acho que está todo mundo ficando meio louco
O stress da vida urbana acaba sendo contagiante
É uma gritaria, uma barulheira, e multidões indo e vindo

Eu vou voltar pro meu lugar, onde ninguém vai
Eu vou ficar por lá, pra ninguém me procurar

Passou outra mãe carregando seu filho no colo
E logo atrás vem dois hippies carregando suas bugigangas
E ainda não se passaram 10 minutos que estou aqui de fora
Esperando anoitecer, pois é quando o pessoal se acalma

Eu vou voltar pro meu lugar, onde ninguém vai
Eu vou ficar por lá, pra ninguém me procurar

[Rafael Xereta]

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Eu fui

Estranho como é tudo estranho, você está aí, e eu aqui
Daqui a pouco estamos juntos, ou você ficou aqui e eu aí
É complexo, porém compreensível, mas estranho
Se eu vou lá, e você não vai, é porque eu fui

O que te faz ir?
Vontade própria?
Por que alguém vai estar lá?
Ou porque não tem nada pra fazer?

Mas a gente foi, te encontrei lá
Não sei bem o motivo, mas não imaginei que fosse te ver lá
E estava, e quando percebi já estava do meu lado
E eu nem imaginava, pois eu nem imaginei, mas eu fui

Continue indo, sem saber sequer o motivo, quem sabe uma hora
a gente se encontra novamente

[Rafael Xereta]

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Registro de respeito

Eu carrego um documento que se chama respeito
Trago no bolso há muito tempo e não posso te vender
Sou quase um cidadão, mas não tenho registro
Pois minha mãe nunca me conheceu

De noite não dói, minha cabeça não destrói
Quando eu me deito no travesseiro
A consciência não pesa

Minha casa é logo ali, é só andar mais um pouquinho
Te espero de papelão aberto, eu só não tenho água pra oferecer
Segure a minha mão, e tenha certeza
Sou do povão, eu sou a natureza

De noite não dói, minha cabeça não destrói
Quando eu me deito no travesseiro
A consciência não pesa

Não faço mal à ninguém
Sou a natureza, sou do bem

[Rafael Xereta]

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Monólogo de um diálogo

Tento não te imaginar tão linda, com aquele lindo sorriso estampado no rosto
Caminhando em minha direção, para abraçar-me dizendo que precisa muito de mim
Pois quando eu fui embora, acabei me esquecendo de te levar em minha bagagem
Por isso digo outra vez, que ainda me lembro bem de você, após tantos anos

Hoje a noite, pretendia te ligar, mas sei que não vai nem me atender
Muito menos me entender, pois estou vivendo bem longe de sua casa
Só queria que você me dissesse que se lembra muito bem do dia
Do dia em que estávamos bem aí, contando besteiras sobre a vida

Eu sei que parece estranho, as coisas realmente estão meio sem sentido
Mas meu coração ou minha cabeça, não sei bem qual, me diz para fazer assim
Estou matando tudo que possa ter nos afastado, e juntando os possíveis benefícios
Tenho até hoje aquela velha bugiganga que era de seu avô, amuleto de sorte

Talvez alguma hora entenda, pois hoje consigo te olhar com outros olhos
Sei que não sou sua primeira escolha, nem opinião
Mas também sei muito bem do que realmente gosta, e você gosta que eu saiba
Bem, vou dormir, não decorei muito bem o diálogo, mas acho que me saí bem

E se...
Esquece, mas precisando...

[Rafael Xereta]

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Formigueiro

De acordo com as batidas do coração, os dias passam em vão. Mas as borboletas estão radiantes lá fora, isso nos mostra vida, quem sabe. O que estou fazendo deitado aqui na grama? A sombra está tão fresca e o vento que passa por mim me dá uma sensação imensa de liberdade.
Quem dera eu pudesse voar com estes pássaros que sobrevoam meu corpo, desenhando linhas imaginárias no céu. Fechar os olhos, raramente, me faz enxergar muito mais do que o sangue pode sentir, as veias começam a pulsar, meu cérebro a descansar, e estou em paz.
Mas que paz é essa? Paz com a vida? Paz comigo mesmo?
Não sei.
Uma paz contagiante, que veio do céu diretamente para os pássaros, e eles me passaram esta sensação maravilhosa e que pretendo mostar para o mundo todo. Alguém está me chamando ali no fundo...

( ... )

A formiga me disse que o possível às vezes é impossível para seres tão pequenos e frágeis, que apenas querem desfrutar de uma vida comunitária, onde todos vivem bem, e não há desigualdades como no mundo dos humanos.
Minha alma se manifesta e então ajudo a formiga a carregar aquela folha tão pequena, mas para ela, tão imensa. Feito todo o trabalho, elas me agradecem e voltam para o formigueiro felizes da vida.

E por que nós não? Temos nossa casa, mesmo que seja de papelão ou lona, temos um lar, algo para prestigiar e nos valer a vida. Faço valer os momentos mais bizarros do cotidiano. Faça valer também, pare para pensar no motivo das coisas. E principalmente, por qual razão fazemos tão mal um para os outros.

[Rafael Xereta]

O socorro

E então o sol brilhou
No final daquela estrada
Parecia tão distante
Mas ela ficou lá, parada

Eu tento me lembrar
Do dia em que eu te disse
Para nunca ficar
Vagando na mesmisse

Nas noites de insônia
Sua janela sempre acesa
Eu sempre a observar
Se alguma vez fosse me olhar

Aqui sentado e bebendo
Não sinto mais nada
Um imenso vazio no peito
Me faz varar a madrugada

Esqueço os amigos
Esqueço de mim
As vezes chego a pensar
Se estou perto do fim

As horas não passam mais
O tempo parou e estou tenso
Outro gole, e o ponteiro não muda
Deixa estar que alguém me ajuda

O socorro às vezes vem de cima
Ou de baixo
Se você é do bem ou do mal
Só vai descobrir quando o socorro chegar

[Rafael Xereta]

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

No mundo das flores

Onde você estava, que não me respondia
Onde você estava, quando eles fugiram de mim

Acho que você estava
em cima do sol
Olhando para os mortos do céu
e me dizendo que outro dia
Vai voltar para me buscar

O sino voltou a tocar quando eu já dormia
Meus sentidos não me respondiam
Aquela voz sombria que de repente surgia
Me dizia magícas e maravilhas

Para aprender a entrar
no ringue da solidão

Há muito tempo você não volta
Há muito tempo quero você

Outra vez esqueci de contar os pingos d'água
Pois hoje cedo me peguei pensando
Em como escapar dessa noite
Onde tudo se arruinará

[Rafael Xereta]

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Retorno do sol

A estrada me chama, mais uma vez
Com o vento contra o rosto
Sigo firme até onde o sol nasce
Tentar outra vez, uma vida talvez

Parti algo aqui dentro de mim
Que me dizia para ficar, mas
Tive que ser forte para conseguir
Outra vez, quero ver qual o fim

Hey, me dê uma carona no seu coração
Hey, me leve para ouvir a nova canção

Pessoas passando ao meu lado
Começam a me acenar de forma estranha
Finjo que estou só e continuo
O caminho é longo e sombrio

Mas, eu deixei algo para trás
Mas, acho que tenho que buscar
Não posso lamentar
Vou ter que voltar

Quando o sol retornar e brilhar

[Rafael Xereta]

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Mais um ano de vida: Sobrevivência

Mais um ano se passando para minha pessoa, mas afinal o que pesa mais?
A quantidade de números de anos na vida, a carga de experiência que carrega nos ombros,
as desilusões, as ilusões, ou os sonhos que não se realizaram durante este tempo?

Ninguém se importa com a idade, realmente, quem se importa é pra quem vota
É preciso ter mais de 16 para votar, aí sim, querem saber quantos anos você tem.
Mas odeio questionar política.

E por que é falta de educação perguntar a idade de uma mulher?
Se eu sou um solteirão de 50, e estou a flertar, quer dizer então que não posso saber a idade de uma dama? Injusto, pois a minha está estampada na cor dos cabelos.

A idade é simples, é deduzida pela sua cultura, sua experiência, suas respostas sábias e perguntas intrigantes.
Estou aqui ficando mais velho, e daí? O que muda é quando alguém perguntar a idade, eu vou aumentar mais um algarismo para lhe dizer. Na vida alheia, isso não faz tanta diferença. Mas na pessoal, acredito que faça um pouco, mas mínima.

Meu aniversário representa o suficiente para refletir que enquanto milhares de pessoas morrem por ano, eu sobrevivi e consegui mais um em minha vida.
E pretendo mais... até meu objetivo alcançar e em meu leito descansar.

[Rafael Xereta]

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Guerra invisível

Eu vejo que o mundo vai passando
E estou aqui criando uma guerra invisível
Crianças em branco e preto choram enquanto estou com medo
Mas ninguém vê a base do outro lado gritando meu nome

De passo em passo, avanço até o próximo ponto
Outra bomba caiu perto de mim
E mais um companheiro foi pro saco
Deitado, tento livrar os males que posso sofrer

Carrego no peito a cicatriz da virtude
Contra o medo, tenho amigos e fuzileiros
Você não pode ver, mas estão logo atrás de você
Prontos para atirar a qualquer movimento em falso

Com o rosto ensaguentado, e uma corda nas mãos
Chego em base, chego livre, chego salvo
Um tiro estoura no ar, é hora de ir
E outra vez... partimos, para salvar crianças

[Rafael Xereta]

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Vivendo

Conseguiu chegar onde pensou todos estes anos
Montado em suas verdades e dúvidas sobre o mundo
Esquecendo da poesia e vivendo urbanamente controlado
Um pouco viciado nas redundâncias que a vida nos dá

O castelo tão desejado foi destruído
Quando a escolha não foi a certa, o caminho errado
Te deram a direção, e escolheu o atalho
Agora preso, não se encontra em seu próprio corpo

Mas acorda todos os dias, pensando em como escapar
Evitar que o pior aconteça, e renovar seu passado
Com um novo futuro, que às vezes nem mesmo existe
Mas a vontade de crescer é muito mais forte

E o sonho existe, vivemos este dia
Sonhar acordado, para acordar um dia

[Rafael Xereta]

domingo, 6 de julho de 2008

Desejo

Desejo é querer saciar teu corpo
Matar-me em teus prantos
De amor e ódio
Deixar suar e beijar-te parte a parte

É querer evocar um grito
Soltar algo trancado em duas almas
É olhar-te de cima embaixo
E tocar detalhes por detalhes

Molhar teu ego com beijos ardentes
Em chamas queimar meu corpo no teu
É abraçar sem pensar que hora irá soltar
É deitar e morrer ao lado do desejo proibido

[Rafael Xereta]

sábado, 5 de julho de 2008

Ressurreição

Garotos desfrutam do prazer da juventude
Em um único padrão de existência
Onde os fracos não conseguem ganhar uma sequer batalha
Enfrentam obstáculos omissos aos olhos que não pode ver
Desabilitando qualquer possibilidade de encontrar uma razão social
No meio em que vivem

Abusam do poder do álcool enquanto
Alguns são mortos pela desobediência no trânsito em São Paulo
Mães clamam por seus filhos em janelas de apartamentos
Abandonados de uma mão
Se arremetem ao ódio e ao amor quando são encontrados
Pervertidos porém inteligentes que criam uma estratégia
Conforme as leis estabelecidas pelo seu próprio governo

Dentro de casa um lar que já não tem mais teto
E sim a ressurreição de Jesus Cristo em um corpo
Que nunca se imaginou ser, ele está de volta.

[Rafael Xereta]

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Baú de sentimentos

Aquele velho presente, que você ganhou e sempre guardou com muito carinho.
Um dia você resolve abrir o baú todo empoeirado e olhar atentamente sua história em coisas materiais, que registraram passagens de sua vida. Lembra-se de sonhos planejados, sonhos que não se realizaram, e sonhos que hoje se orgulha de ter conseguido. Lembra-se de amores passados, que viraram apenas passados, ou estão guardados em sua personalidade, pois todos que passam por nossas vidas deixam-nos uma marca.
Roubava rosas em casas de senhoras, com todo cuidado, encostava a bicicleta no muro, entrava pelo portão entreaberto e cortava uma rosa. Corria até o castelo da amada, e jogava em seu portão, esperando um sinal. Que poucas vezes vinha.
Madrugadas varadas com um instrumento sobre o ombro, caminhando no frio, com o intuito apenas de gozar de uma bela canção à teus ouvidos.
Aquela música, registrada no momento mais marcante de sua vida, que não importe onde esteja, se ouvi-la irá lembrar eternamente.
É velho baú, são coisas e coisas, algumas não consigo colocar dentro de ti, mas me lembro bem e algumas deixo guardadas bem lá no fundo, reservadas somente para mim. São sentimentos que tive o prazer e o ódio de sentir. Sem cadeado, está aberto para todas experiências que o mundo pode me proporcionar, e impossível de lotar, pois seu espaço é maior que o infinito, e só será trancado quando ao fim da vida chegar.
Com carinho.

[Rafael Xereta]

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Presente da lua

Eu estava lá, até você me olhar
Te vi passando bem perto de mim
Olhei em teus olhos tão profundos
Como o mar perdido no oceano

Momentos de silêncio vagavam
minha alma e meu coração não palpitava
Eu queria saber mais uma vez
Por que me deixou quando eu mais precisava

Eu embrulhei a lua pra você te dar
Só para te iluminar, pois eu preciso te ver
Te ver mais linda que o céu e o mar
Preciso me encontrar dentro de você

Sonhava que voava mais alto que o infinito
E te encontrava do outro lado do paraíso
Sorria para mim e quando eu me aproximei
Você desapareceu e eu sumi

Eu embrulhei a lua pra você te dar
Só para te iluminar, pois eu preciso te ver
Te ver mais linda que o céu e o mar
Preciso me encontrar dentro de você

[Rafael Xereta]

Controle Implícito

Amo ser controlado, bom acho que nunca não fui controlado. Desde que nasci sou controlado. São televisões, informações, adequações, leis, instituições, tudo apenas me controlando. Se eu queria fazer algo, antes, teria que me conscientizar se estava dentro do controle, no caso, a lei.
Estamos sendo controlados por alguém, que está lá em cima, e quem dera se fosse Deus. Pois se as coisas estivessem na mão Dele, estariam bem melhores.
Quem controla é quem tem o poder, de fazer você acreditar que não está sendo controlado e de que é livre para fazer o que quiser, livre arbítrio. Bom, acredite se quiser, é puro controle implícito.
Resolvi perder o controle, chega de ser o 'bonzinho' e também não quero ser o 'vilão', mas apenas me deixe, não quero ser obrigado a ver o Wilian Boner nos enxendo de informações, e estas que não temos tempo nem para refletir, pois já vem outra, agora com a Fátima Bernardes. E sem querer, ou totalmente querendo, você foi controlado para ver o novo capítulo da novela. Sendo que você poderia estar fazendo algo muito útil para seu corpo, sua mente, seu trabalho.
Esqueça um pouco a rotina controlada, não pense no que vai fazer, apenas faça o que pensar. Simples não? Pensou, fez! É mais ou menos assim: "Nossa que vontade..." Já está lá, fazendo.
Á todas rotinas uma idéia para se quebrar, feita exatamente no tempo antes do final do pensamento. Assim é mais fácil, não tem controle.

[Rafael Xereta]
“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler, mas não lêem".
O poeta Mário Quintana.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Vale a pena.

http://bloglog.globo.com/ticosantacruz/

Elefante e a borboleta

Prisioneiro de si mesmo

As grades que aqui me prendem, me relusem alguma idéia de liberdade lá fora
Talvez uma janela me convidando para o paraíso
Ou apenas três barras de ferro que me separam de minha família
O sol só entra aqui no inverno, e olha que não esquenta nada

Estão chegando outra vez, é hora do almoço
Se não se comportar fica tão solitário na solitária
Um livro antigo, que mamãe me deu
Acho que já o li umas cinco vezes

Mais três chegaram, e um se foi
Dormem, hoje, ao meu lado
Quem sabe, amanhã dormem no céu
São dois negros e um branco

Talvez eles morrerão amanhã cedo
Parece que brincaram com a família errada
O cara tem poder até aqui dentro
É... acho que vou ler o livro pela sexta vez

[Rafael Xereta]

Guerra

Caralho...

Caralho.

Por que é tão difícil? Não precisa ser assim... a convivência em um lar deveria ser harmoniosa.
Afinal, são frutos do mesmo sangue.

Acorde!
Não cansou de apanhar? Não se cansou de tentar levantar?

Pensei ter conseguido alguma vez. Vai ver, é sempre assim.

O medo em segredo, nos transforma em um mero enredo de samba sem inspiração.
Eu não quero mudar o país, nem pretendo, não quero mudar nada, só me adaptar aqui.
Pode não ter nada sentido, só preciso dormir.

Tem gente que pensa que dormir resolve alguns problemas, se bem que só adia para o próximo dia.
Hoje estou em paz, amanhã estou em guerra. Ontem dei uma trégua.

Solte as cordas e se deixe levar para algum caminho, só não fique aí parado sozinho.

[Rafael Xereta]

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Colméia

Bzzzzzz....
- Hey amigo, quem morreu?
- A rainha não resistiu ao acidente.
- Que acidente?
- O que aconteceu ontem, na porta de casa.
- Meu Deus, meus sentimentos.
- Uma de suas asas quebraram por inteiro e ainda foi esmagada.
- Que pena, ela era uma abelha especial para nós!


Bzzzzzz...
- Oraimos a todas abelhas de nosso mundo, que nossa rainha esteja bem. Pois sem ela não somos nada, mas tentaremos ser. Uma nova rainha a de chegar e nos salvar da perdição. Amém!
- Aleluia!


[Todos os dias alguém perde sua rainha, ou sua majestade, o que importa é encontrar no fim de qualquer túnel não a luz, mas sim a saída.]

[Rafael Xereta]

Dedicado a todas colméias do mundo.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Tentação

Você foi consumido mais uma vez
Não resistiu ao pudor e ao desejo
Caiu em tentação e se levou pelo desprezo
Outro dia acordei e pensei tudo outra vez

Nível de humor instável no corpo
Verbos que saem da boca, instáveis
Estagnado, esperando a noite cair
Dormir outra vez, e começar de novo

Pensamentos não se concretizam
Reações não se exercitam
Poucas vezes uma preguiça
Muitas vezes um cansaço

Opa, amanheceu...
melhor eu ir de novo.
Tchau.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Nem mesmo Sigmund Freud

Por que algumas coisas só acontecem com o próximo?
Ou acontece conosco e o próximo pensa o mesmo?
Como seria bom se todas idéias e vontades
Que tivéssemos se tornassem realidade

Quando deito à noite e surge todos aqueles pensamentos
Todos desejos, e vontades e o como fazê-los
Muitas maneiras, mas qual realmente usar?
Se eu fizer assim é melhor, mas se não der certo!?

Estive pensando em como encontrar a solução para
algumas soluções que compreensivelmente não possuem
Um jeito seria tentando da primeira forma que você pensou
E esquecer todas as preocupações que possam surgir

Ligar ou não ligar? Esperar alguma coisa ou fazer alguma coisa?
Cumprimentar ou esperar ser cumprimentado?
Pensametos que passam pela cabeça em frações de segundos
Mas, nunca solucionadas por si próprio e sim pela ocasião

Enfim, qual decisão tomar?! Nem mesmo Freud explicaria
A ocasião proporciona ou destrói todo seu pensamento
elaborado com muito cuidado
Pois, o futuro ninguém prevê

[Rafael Xereta]

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Não posso te salvar

Tem uma velha escadaria ali na frente
Será que vamos subir? Ou você está com medo?
É meio estranho, está tudo escuro
E só posso ouvir o vento entre as janelas

Hey! Você... é você mesmo, que está me lendo agora
Não consegue se ver aqui comigo?
Está frio, muito frio
Espere aí, foi você quem abriu a porta?

Silêncio! É melhor subirmos agora
Devagar, devagar... cuidado o corrimão está quebrado
Não se assuste, ali no canto é apenas meu gato empalhado
Acorde, não deixe o sono te vencer

Venha, conheço um atalho. Calma, calma...
Não mexa seus olhos agora, tem alguma coisa atrás de você
Nâo OLHE AGORA por favor! Quando eu disser corra pro seu quarto
E nunca mais apareça, estão atrás de você e não posso te salvar

Pode ser perigoso, mas
Vai!

[Rafael Xereta]

De repente

Ela vem de repente, me domina e não sei porque aconteceu
Foi de uma vez, fiquei sem reação e perdido
Tomou todas as reações, sem saber o que falar
Deitado vendo tudo passar, tudo passar

As palavras chegam até a garganta
Mas não passam da língua
Que estagnada, fica muda

Somente dessa vez, me deixe falar
Somente alguma vez, escute o que vou dizer

Tudo em minha volta se desfaz quando paro pra pensar
Quando penso que está bem, está mal, está normal.

Quero entender
Não quero explicar
Ou não sei entender o que
Você tentou explicar

Penso que seja assim, fica tudo bom pra você
E tudo ruim para mim.

[Rafael Xereta]

Fortaleza

No céu semblante
Um sol no violão
Mãos no volante
Só uma direção

No castelo de pedra
Uma bandeira
Aquela foi a era
Que era tudo brincadeira

Nos sonhos a inocência
Sono profundo
Não tinha consciência
Que era o fim do mundo

Espere por mim
Estou quase acabando
Chegando no fim
Continuo remando

Cada vez mais a fim
De continuar cantando
Enfrento os mares
E os dragões

E todas belas canções
Pra entregar as noções
De um belo cidadão
Que não é feito de papelão

[Rafael Xereta]

sábado, 7 de junho de 2008

Entendeu?

Eu não entendo, não sei se você também não entende
Ou apenas estamos todos fingindo que entendemos
Para quem sabe, explicar, o que praticamente entendemos
Sem realmente ter entendido se quer nada

Então, estou entendendo que aqui entendo um pensamento
Que sem querer ninguém entende, pois quem pensa sou eu
E se você conseguir pensar o mesmo, você entendeu.
Entendeu?

Seguinte, pense em alguma coisa que você acha que não entende
Se eu te dizer que estou entendendo o que você está pensando
Entramos em uma concepção de pensamentos
Onde ambos conseguem entender coisas jamais entendidas

Agora que entendeu, pratique a prática do entendimento
Pense no pensamento que ninguém entenda, mas fiquem entendendo que
Se ninguém entender, você entendeu muito bem
Pois o motivo mesmo é entender o que não se pode entender
Entendido?

[Rafael Xereta]

segunda-feira, 2 de junho de 2008

domingo, 1 de junho de 2008

Velha Infância

Me lembro de quando éramos crianças, que se divertiam correndo
Entre casas e campainhas, e alguns velhos esconderijos que hoje já não existem
A velocidade se conduzia em uma bicicleta descendo por uma avenida
Com o vento contra o rosto, a liberdade parecia tão concreta

A primeira garota do colégio, o primeiro 'amor' em uma escala de idade
Nivelada como amor real para jovens sem a menor experiência em vida
Apenas um desejo de ser um ser-humano, que seja, sempre ser natural
Criando espectativas de como seria aquele beijo da garota desejada

Seu primeiro violão, um primeiro acorde, e novos passos para a vida
Um grande músico, ou quem sabe um violão empoeirado no quintal
Ouvindo os gritos do baú sagrado, gritos de coragem e perdão
Que ecoam em uma canção infinita, no antigo coração

O tempo passa, passa sim, e quando se vê já estamos assim
Lembrando de coisas insignificantes para alguém
Mas forte demais para alguém que tem na memória a liberdade
E a criatividade e coragem de relatar provérbios infantis

Que inúteis sejam, mas inesquecíveis para tamanha espécie
Que o passado não morra, que o futuro me espere
Pois hoje, com cada um para um lado, seguindo suas vidas
Escrevo, o que senti quando éramos jovens e tinhamos um grande sorriso estampado no rosto

[Rafael Xereta]

terça-feira, 20 de maio de 2008

Diabo x Anjo

Olá Sr. Anjo, o tão
esperado fim chegou
Não há mais ninguém aqui
que possa te salvar

Venha comigo, vou
te mostrar onde fica
o verdadeiro paraíso
Relaxe, não demora muito

Sr. Diabo, não se engane
aqui estou muito bem
Você não pode nada
contra tamanho poder

Pois eu estou aqui
e tenho toda magia
E o poderoso pergaminho
Da sabedoria celestial

Tudo bem, mas não
deixarei me vencer
Trarei o fim dos dias
Aguarde, não vai demorar

Estou a sua espera
Venha com todo seu exército
Tenho um cajado e o amor
para derrotá-lo

Trarei comigo os piores
Demônios e gigantes
Coisas que você nunca
pensou existir

Vingaremos a morte
Do ilustre onorário
Nossa Excelência
Sir. Lúcifer

Traga tudo que puder
Não tenho medo
nem pressa
Tenho o poder dos céus

A fortaleza divina
Represento agora
Para te destruir
Perante meus olhos

Te rogo a praga infernal
Desapareça e queime
No fogo cruel e infiel
O poder do fogo em mim

Enfrento-te com força
E quantos pecados
você quiser que exista
Trago todos comigo

Tenho fé, tenho Deus
A luz fará, a luz trará
Paz! Reine agora
Absoluto Poder!

[Rafael Xereta]

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O silêncio é a maior virtude de quem tem o poder.

[Rafael Xereta]

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O meu fim

Estou aqui de fora
Olhando para o céu
Quem sabe vejo um anjo
Quem sabe ele me vê

Flutuando com o vento
Deixo-me levar
Pra longe daqui
Pra qualquer lugar

Eu acreditei
Quando você disse
Pra mim ir embora
Pra sempre daqui... da sua vida

Eu saí do controle
Procurei a perfeição
Encontrei a solidão
Ninguém me encontrou

Este é o meu fim
Não sei se vou aguentar

Eu acreditei
Quando você disse
Pra mim ir embora
Pra sempre daqui... da sua vida

[Rafael Xereta]

Borboleta


A borboleta é o ser mais incrível do planeta, supera a inteligência dos homens e a força de um leão.
Ela é leve, macia, flutuante, e passa por várias etapas em sua vida, dando-lhe experiência suficiente para viver em qualquer lugar do mundo. Ela está presente na floresta, no quintal de casa, e em lugares inimagináveis para o cérebro humano, onde só ela, a incrível borboleta, consegue chegar com suas cores. Dando ao lugar uma paisagem mais completa com sua presença.
Cores fantásticas, formas exuberantes, com leves batidas de asas, dizem que pode causar um tufão do outro lado do mundo, pouco importa, que o mundo acabe em tufões mas que essa beleza da natureza sempre esteja viva em nosso cotidiano.
Existe os caçadores de borboletas, colecionadores que gostam de expor as espécies que já capturaram, a utilidade desta caça é um pouco vaga, pois o "público" prefere assistir as grandiosas desfilarem pelos ares exibindo suas pigmentações.
Borboleta não se divide em espécies, pois uma borboleta é apenas uma grandiosa borboleta, que possui características incríveis, cores maravilhosas e uma suavidade ao voar por aí.
"Olha pai, uma borboleta!"

[Rafael Xereta]

Hey você

Onde você vai com essa bandeira que carrega no ombro, que supostamente atravessará a fronteira da perfeição em um dia nublado?
Que força vai utilizar contra a repressão quando encontrar o exército vermelho com uma artilharia muito mais forte que sua bandeira?
Pretende derrubar um castelo, uma fortaleza, uma nação, um reinado... apenas com sua bandeira?

Poucas coisas tenho para te dizer
Vá em frente, sei que pode conseguir.
Pois o poder não está no exército, o poder está em você, que carrega com honra e sabedoria, e sabe como utilizar nas horas mais precisas, a força de sua bandeira.
Afinal, sua bandeira representa muita coisa, eles entenderão quando você chegar de frente a opressão e gritar com toda força o seu motivo de estar ali.
Estenda sua bandeira totalmente branca e grite PAZ!

[Rafael Xereta]

terça-feira, 13 de maio de 2008

Filho do caipira

Era tarde lá na roça
Meu muleque já dormindo
Minha mulher pra mim sorrindo
Escutei um barulhão

Meu filho gritava alto
Mais que um berro de um berrante
Eu tentei correr atrás
Mas tive um dia exaustante

Peguei minha cartuchera
Sai pela escuridão
Não tava pra brincadera
Pensei numa solução

Vo dá um tiro pra cima
Que eu despacho o vagabundo
Que carrega o meu filho
Meu amor maior do mundo

E ele entrou pro mei do mato
Que eu conheço até os buraco
Que os tatu tinha cavado
Onde caia os meu cavalo

Foi aí que eu escutei
Um grito veio ali de perto
Era um muleque esperto
Daí então me agachei

Senti umas quatro passada
Pareceu minha boiada
Mas só tinha duas pata
Era o maldito do ladrão

Dei uma galopada
E só com uma rasterada
Bem perto da gaiada
Eu peguei o meu filhão

O bandido escapou
Mas com isso eu não ligo
Quero viver com amor
Bem perto do meu filho

[Rafael Xereta]

sábado, 10 de maio de 2008

Em breve...

A ressurreição de Afonso Potter

Mais ou menos assim...

Aquecimento global?! Isso é nome de remédio?
Ah, é sobre o aquecimento do planeta e a perca da nossa fauna e flora
E se quer saber, não estou nem aí
Vou continuar tomando meus banhos demorados, enquanto tem gente do outro lado do país que nem banho pode tomar
Vou continuar com os fretes em caminhões movidos a óleo diesel, porque ainda não sei o que é biodiesel
Afinal, eu não sei o que é nada, não estou nem aí pro que está acontecendo
Você pense o que quiser, eu quero mais é que se ...
Não me importo com o futuro da nação, o que me importa é o meu futuro
Meus filhos??
Ah, esses eu nem sei mais onde os deixei
Tenho 3 crianças perdidas no Brasil, todos filhos de mulheres que nunca mais vi
Bom, é isso aí, vamos queimar o mundo HUUUUU!
Tenho que ir, as moto-serras estão ligadas, meus empregados vão começar o desmate.
Abraços.

[Rafael Xereta]

domingo, 4 de maio de 2008

Ladrão de sentimento

Já te roubaram algo muito valioso?
Um carro de luxo? Um rolex de ouro?
Querem levar algo de mim muito valioso
Meu sentimento

Há vários tipos de ladrões
Eles roubam de tudo
Me perseguem desde a infância, começou assim

Roubaram um boné, roubaram um celular
Roubaram minha carteira, roubaram meu carro

QUEREM roubar meu sentimento, mas este, juro em nome de Deus,ninguém leva!

Estão roubando uma senhora de 65 anos agora em São Paulo
São 21:17, outro roubo está prestes a acontecer

Fique esperto não deixe que te roubem o mais valioso e poderoso
Sentimento.

[Rafael Xereta]

Velho quarto de madeira

Ela abriu a porta daquele velho quarto de madeira
Veio entrando bem devagar, passo por passo
Aquele cheiro de sono no ar, a luz entrando pela fresta da janela
De mancinho foi chegando, e se aproximando

Entrou por embaixo das cobertas
Suavemente deslizou suas mãos
Tirou peça por peça
Até me encostar seu corpo nú

Senti um arrepio por entre as costas
E em um abraço aconchegante me beijou
E por ali se estenderam horas e horas
De puro desejo e sedução, amor com paixão

Naquele velho quarto de madeira

[Rafael Xereta]

sábado, 3 de maio de 2008

Blues In Rain

Imagine só você
Tranqüilo ouvindo seu blues
Em uma tarde nublada
Fria

Suave

Um violão, uma gaita
Um coração
E uma canção

[Rafael Xereta]

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Decepção

É uma palavra muito forte.

Pensa em uma palavra muito forte.
Eu pensei na minha.

[Rafael Xereta]

terça-feira, 29 de abril de 2008

Faça sua lista

Não sou muito de publicar textos ou músicas que não sejam de minha autoria, mas um amigo me indicou esta música, e acredito que encaixa no perfil de todas as pessoas do mundo. Esta música merece ser publicada e muito bem refletida:


Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...

Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...

Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?

Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber

Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?

Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

A Lista - Oswaldo Montenegro

Retorno à cama

Levanta bem cedo, toma um banho, prepara o café
Acorda a mulecada, tomam o café
E os leva para a escola
Depois vai para o trabalho, muita coisa para fazer
Reunião com o chefe às 10
Horário de almoço meio-dia

Restaurante em frente à empresa
Pede um P.F., almoça sozinho
Na hora de ir embora, manda marcar
Naquela velha conta de 1998

Volta pro trabalho, uma pilha em cima da mesa
O chefe deixou para você fazer
Ocupado até às 6, liga pra escola
Diz que vai atrasar para buscar as crianças

Sai do serviço cansado, passa na escola
Então chega em casa, a mulher já havia chegado
Cheirosa pede pra você tomar um banho
Enquanto prepara algo para a janta

Às 8 todos na mesa, oração e refeição
Crianças pra dormir
Deita com a mulher na cama, amor gostoso
Ela dorme

Você levanta, toma um copo d'água
Volta para o quarto e
Boa noite.


[Rafael Xereta]

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Vamos comemorar?

Que beleza, estamos em ano de eleição! HuuuHuuu...
E nas principais cidades do país temos os melhores candidatos para o cargo de prefeito
No Rio de Janeiro temos o Aedes Aegypti, que em pouco tempo já está na boca da maioria dos cariocas, ele é o assunto mais comentado nestes últimos meses na cidade.
Em São Paulo temos o Caso Isabella, ah esse sim dá orgulho, mas este candidato não obteve muito sucesso com a população da cidade, a maioria das pessoas estão querendo massacrar este candidato, mas ainda não foi julgado e ninguém sabe o final. Então, ainda é um forte candidato.
Ainda bem que não moro nessas cidades, pois o caos está dominando as maiores cidades do Brasil.
Não acredito em soluções para nenhum caso, este ano espero que os moradores destas cidades, consigam escolher seus governantes para, posteriormente, não reclamarem da 'sujeira' em que se envolvem.
Bom voto a todos, e não esqueçam de vender seus votos, ou seus filhos irão pegar Dengue ou serem Jogados do andar de um prédio.

Época de eleição é época de decisão, escolhendo bem ou não, quem sofre é a população.

[Rafael Xereta]

quarta-feira, 23 de abril de 2008

2006?!

Era começo do mês, por volta do dia 10 de 2006
Acho que era setembro, e eu perdi alguém
Foi o fim dos dias, e quem sabe talvez
Quando me vi, não tinha ninguém

Eu só queria ficar
Me fizeram partir
Fui obrigado a ver
O caminho ficar

A madrugada comigo chegou
E de repente ouvi um som
De uma janela iluminada
Era nossa música, como era bom

Aqueles olhos fechados
Eram tão abertos para mim
Que poderiam entender o fim
E encontrar o novo paraíso

Você vai lembrar daquela vez
Que vez? Que eu fui até aí
E te cantei uma canção simples assim

Tudo bem, sigo por mim
E aqui vou viver até o fim

[Rafael Xereta]

Descontrair um pouco

Clip da Banda Criados com Vó, música Queima de Arquivo.

Vencedor do concurso UNIPCLIP 2007, na categoria Banda de Garagem.

Produzido e editado por: Rafael de Paula (Xereta), Thiago Mendonça (Thiagão), Tiago Batista (Tuibol) e Vinícius Paschoal (Vinny)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Esqueceram do Brasil

Este caso da Isabela já está se tornando puro sensacionalismo, e perdendo o padrão da perícia para desvendar de uma vez quem cometeu o crime.
Claro que, uma menina de 5 anos assassinada, choca o Brasil inteiro.
E o povo está querendo saber logo o resultado e descobrir o criminoso, pois os 15 minutos de fama já estão se tornando 1 mês.
Precisamos saber também das outras notícias do país para, posteriormente, quando o criminoso for encontrado, debatermos o caso.
Mas este crime é algo que não precisa ser muito discutido, pois a morte de uma criança indefesa é algo tão chocante, que todos nós devemos refletir sobre nossos filhos e o futuro do Brasil.
Não estou aqui para julgar quem cometeu ou não o assassinato de Isabela, estou aqui para tentar conscientizar a população que uma criança é sinal de alegria e esperança.
E o que mais me preocupa, é quem aproveita da imprensa, que esqueceu do Brasil devido este caso, para fazerem as falcatruas sem serem descobertas.

Pois nem um ídolo da música, como Jhon Lennon, foi tão comentado quando foi assassinado

[Rafael Xereta]

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A vida é feita de coisas sem nexo

Sem inspirações para criar a mais nova tecnologia para mudar o avanço do planeta
Criando e alternando novas idéias e sugestões que surgem ao decorrer dos dias
Novos gênios surgem todos os dias,
E são desperdiçados pela desnutrição de seus corpos
Poucos dias tiveram para escrever suas teorias mirabolantes
Que infelizmente não fomos capazes de conhecer.
Nos cemitérios da vida se encontram os poderes
Necessários para o crescimento de plantas e o surgimento do petróleo.
Vida renovável, útil.
Sensibilizados pelo visual de novos cartazes, são todos jogados de lado pela oposição
Surgiram de repente na próxima sala de pesquisa,
E um louco foi internado às pressas pelos médicos,
E sua descoberta pela cura da aids foi deixado de lado.
As vozes perderam o padrão desde que foi aceito
Um novo meio de comunicação entre os interlocutores
E todos deixaram de entender que o novo poder é a simples e pura imaginação.

[Rafael Xereta]

sábado, 12 de abril de 2008

Ao som do piano

Ao som de um piano que vem de uma janela no 4° andar. Lá em cima deve ter alguém muito concentrado ao tocar, uma melodia excitante para os ouvidos. Quem estaria tocando tal notas e por que está tocando? Uma música que prende atenção de todos que passam por essa rua (Rua dos Desejos). Dizem que quem passa por aqui e consegue ouvir o fantasma do piano pode fazer um desejo, que poderá se realizar.
Cedo ou tarde alguém vai descobrir quem seria tal pianista que enxe as madrugadas com suas músicas e faz com que pessoas acreditem em desejos.
Uma lenda diz que Afonso Potter, um mero advogado , um dia passou pela Rua dos Desejos e fez o seguinte pedido: "Quero que meu maior sonho se realize, não quero clientes, não quero ser juiz, não quero... Só o que eu quero é viver em paz." Uma semana depois Afonso Potter foi encontrado morto no quintal de sua casa com um livro ao lado.
Não é comprovado, mas dizem que Afonso teria encontrado a paz em uma palavra daquele livro, que por coincidência estava grifada. E então o que ele fez, foi ir atrás dessa palavra.
Potter estava cansado de viver nesse meio onde ninguém se importava com nada, estava cansado de tanta bagunça, ele não era um advogado mal-sucedido, pelo contrário, era talentoso e tinha muito dinheiro. O que mudou sua vida foi a melodia daquele magnífico pianista desconhecido da janela do 4° andar, que fez com que ele fizesse seu desejo e o encontrasse uma semana depois em um de seus livros. Uma única palavra fez com que Afonso, corajosamente, se matasse para quem sabe conseguir chegar a tal palavra.
Afonso Potter abriu seu livro aleatoriamente na página 18 e encontrou a palavra Céu.

[Rafael Xereta]

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Politicagem e blá blá blá

(texto alterado)


Bom, acredito que eu seja Centro-DIREITA, pois defendo a maioria das idéias de direita, e sou um pouco contra algumas, mas não a favor das idéias de esquerda.
A ‘luta esquerda x direita’ é o mesmo que ‘igualdade x liberdade’, e sou estritamente a favor da liberdade, pois minha liberdade não tem que depender se meu próximo também é.
Sou totalmente a favor do aborto, porque infelizmente é notável entre a classe baixa o grande número de filhos (falta de informação), enquanto que entre a classe alta são poucos. Logo, o número de “burros” aumenta com isso, pois os pobres não possuem cultura nem oportunidades para melhor educação, e o número de pessoas com intelecto para se tornarem super-dotadas são poucos. Mas a questão do aborto deve ser muito bem analisada, não com tanta burocracia (bem-vindo ao Brasil), mas analisar por qual RAZÃO e quanto TEMPO de gestão já se passou, acredito que até 3 meses seria o ideal.
Em relação a liberdade, ela não existe devido o meio social em que se vive, quem faz a liberdade é o indivíduo, acredito que sejamos livres para isso. Porém ninguém é tão livre a ponto de fazer o que quiser, ninguém pode invadir uma propriedade privada a ponto de querer tomar posse; dentro da lei isso é crime; e de acordo com a justiça quem faz o crime deve ser punido.
E a economia? Se não existisse a tal “opressão” contra os esquerdistas, acho que a falência dos países seria bem rápida, mas os bolsos de alguns estariam bem recheados. Dinheiro público é totalmente desviado e o único retorno que vemos são promessas, enquanto direitistas usam de privatizações (lucram, claro que sim, ninguém trabalha de graça) para garantir a liberdade de produção e comércio, e com isso gerar empregos, maior movimentação do dinheiro e melhor condição de vida.
E o fato de cotas para negros em universidades é algo tão racista, este tipo de seleção menospreza as pessoas negras, pois mostra que eles seriam incapazes de adentrar uma universidade através de seus conhecimentos e esforços. Não há diferença entre a raça humana, somos todos geneticamente idênticos, não podemos ser classificados como raças, a única diferença é a pigmentação da pele, portanto, todos podem e conseguem ingressar em uma universidade.
Num país com 188.298.099 de habitantes, imaginem só quanto o governo não recebe de imposto, e se estamos num país que faz a distribuição de renda igualitária, não entendo porque não vejo diferença. A ajuda é apenas para a classe baixa, e o maior número de habitantes do Brasil são de classe baixa, pode até parecer estranho, o motivo já foi citado no começo deste texto quando fiz um citação sobre a questão do aborto.
Os esquerdistas dizem lutar pelo povo, mas o que fazem é não devolver ao povo, cobram impostos e taxas e não há retorno. Os direitistas fazem acontecer, não é necessária a intervenção do governo, é mais fácil gerar lucro para o país e um grande desenvolvimento de empregos, fazendo com que as pessoas consigam um trabalho, e não fiquem na esperança do governo retribuir os impostos pagos.
Se os trabalhadores estão felizes de ter um presidente ‘trabalhador’, que seja. Só queria saber como alguém explica, quando Lula vai para o exterior, sabe falar inglês? Quantas besteiras ele já falou? Não sabe se quer conversar direito, é quase analfabeto: “...descobriu o caso sanguessunga...”? Realmente não entendo como uma pessoa assim pode governar um país como o Brasil; um Presidente da República deve ser alguém formado, inteligente, que saiba vários idiomas, e que tenha grandes requisitos.
Não acho que todos políticos são ladrões, mas de acordo com uma visão de esquerda, o meio em que ele trabalha o torna um.
Se os países de esquerda estão todos fracassando, o que sobra para nós? Prefiro não me comprometer e deixar essa pergunta sem resposta.

[Rafael Xereta]

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Lavar as mãos

Você já lavou suas mãos hoje?
Para quê?
Sem que você perceba, diariamente estamos lavando as mãos
Deixando pra lá o que não nos diz respeito

Fugindo, covardemente, ou corajosamente
Do inoportuno, do perigo, da sorte
De um caso, que ao acaso sobrou para você
Lavar as mãos

Ah Pilatos, lavaste as mãos na hora exata
Roma parou para assistir seus membros
Em uma bacia com água serem lavados

Quem dera eu poder decidir tamanha ocasião
Mas todos os dias, infelizmente, lavamos no seco
O que nos incomoda...
Ah Pilatos, antes fosse em uma bacia

Abandonar uma causa, abandonar uma guerra
Abandonar uma vida, abandonar um amor
Lavando as mãos, magnífico, genial!

Lavar as mãos...
Faça, com sabedoria, com inteligência...
Lavar ou não as mãos para tal ocasião?!

[Rafael Xereta]

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Explícito

Já é tarde e consigo ouvir só o sino tocar
Enquanto me deito para quem sabe sonhar
Ou talvez, prefiro nem dizer
Qualquer coisa ruim pode acontecer

Um sol escaldante ofusca minha visão
Você acaba de passar por aqui
Mas hoje perdi a hora, o sol me acordou mais tarde

Papelão úmido, frio, mas volto a dormir
Pouco depois me rendo, preciso ir
Ir? Pra onde?
Descobrir por onde você vai passar de novo

Enquanto sonhava com pastos enormes, verdes
Você jogou em mim, de novo, um maço de cigarro vazio
Enquanto fui pedir algo pra comer, levaram meu abrigo

Exposto na noite, estou aqui, esperando você passar
De novo, mas quem sabe jogue algo que eu possa aproveitar
Experimente jogar esperança, por aqui, isso acabou há tempos

Já é tarde e consigo ouvir só o sino tocar
Enquanto me deito para quem sabe sonhar
Ou talvez, prefiro nem dizer
Qualquer coisa ruim pode acontecer

[Rafael Xereta]

A tecnologia conspira contra a auto-estima

Como você pode viver em paz?
Acho que hoje isso se torna impossível
Você é vigiado 24 horas
Você tem fofoqueiros de plantão que só querem te derrubar

Sua vida é comentada por orkut's e msn's
A tecnologia acaba te impedindo de viver
O dinheiro grita mais alto que qualquer silêncio
A inveja é o maior obstáculo da sua vida

Sua vida está exposta em qualquer lugar
E o pior, na melhor publicidade:
A publicidade oral, impossível impedí-la
Você não pode cortar a língua de ninguém

Nada é construído para o bem
Câmeras espalhadas por todos os lugares
Você é programado para ser observado
Ou... as pessoas que não usam para o bem?

O erro estaria na educação que vem de casa?
No meio social em que cada um vive?
Na inocência de derrubar alguém do mais alto patamar?
Ou apenas na ignorância de não ser ninguém?

Acredito que na época em que as pessoas mandavam cartas
tudo era mais "bonito", não existia nada que te atrapalhasse
Hoje sua carta virou um mero e barato meio de comunicação em massa gratuito
Seu orkut, seu msn, são usados para o bem?

Não me pergunte qual a solução.
TALVEZ seria parar um pouco essa aceleração da tal tecnologia
Veja você, as pessoas mais felizes e interessantes que conheço
não sabem o que é um computador.

[Rafael Xereta]

segunda-feira, 31 de março de 2008

Fortaleza

No céu semblante
Um sol no violão
Mãos no volante
Só uma direção

No castelo de pedra
Uma bandeira
Aquela foi a era
Que era tudo brincadeira

Nos sonhos a inocência
Sono profundo
Não tinha consciência
Que era o fim do mundo

Espere por mim
Estou quase acabando
Chegando no fim
Continuo remando

Cada vez mais a fim
De continuar cantando
Enfrento os mares
E os dragões

E todas belas canções
Pra entregar as noções
De um belo cidadão
Que não é feito de papelão

[Rafael Xereta]