segunda-feira, 31 de março de 2008

Fortaleza

No céu semblante
Um sol no violão
Mãos no volante
Só uma direção

No castelo de pedra
Uma bandeira
Aquela foi a era
Que era tudo brincadeira

Nos sonhos a inocência
Sono profundo
Não tinha consciência
Que era o fim do mundo

Espere por mim
Estou quase acabando
Chegando no fim
Continuo remando

Cada vez mais a fim
De continuar cantando
Enfrento os mares
E os dragões

E todas belas canções
Pra entregar as noções
De um belo cidadão
Que não é feito de papelão

[Rafael Xereta]

domingo, 30 de março de 2008

Eaí?!

Eaí?!
Quem é você?
Por que está lendo esse texto?
O que você fez pra chegar onde está?
Quantas pessoas passaram em sua vida até aqui?

Não entendo.
Decisões, resume-se nisso.
Ou você nasce destro ou canhoto.
De algum jeito você escolhe o seu caminho.

Sua vida é uma escada.
Ou você sobe ou desce.
Às vezes dá uma parada.
Às vezes pula o degrau.

Você já sentou sozinho hoje?
Conversou com você?
Obtenha suas respostas.
Seu corpo lhe dá sinais do que precisa.

Não vivi todos esses dias para nada
Não conheci tantas pessoas para nada

[Rafael Xereta]

sexta-feira, 28 de março de 2008

Lua de diamante

Caminhando nessas estranhas ruas, secretas
Ouvindo apenas meus passos, em ritmo acelerado
Sem destino, sem saber pra onde vou
Continue brilhando lua de diamante

Uma mochila, um par de tênis
Uma rua escura, ninguém pela frente
Não olho pra trás, o caminho é longo
Não sei onde vou, mas vou chegar

Me lembro quando andava com alguém
Debaixo do sol escaldante
Encontrei o caminho, sozinho na escuridão
Continue brilhando lua de diamante

Não posso me perder até encontrar
O lugar pra onde talvez vou
Vamos comigo, pode ser divertido
Podemos correr se quiser

Não esqueça, quando a lua sumir
Sumiremos.
Caminhamos à noite
Continue brilhando lua de diamante

Na cabeça várias idéias
Pensamentos sem sentido
O que tem sentido?
Ir pra lugar nenhum

Continuo, quem sabe cheguei
Posso escolher ter chegado
Ou continuar até a próxima parada
Pode ser longe, mas acho que vou

Pois a lua continua brilhando
Como diamante

[Rafael Xereta]

quinta-feira, 20 de março de 2008

Sonhei

Naquela ilha, profunda, ouvindo o som do mar
Naquele dia, escuro, olhando as estrelas
Naquele corpo, tristonho, apenas um sonho
Naquela mente, brilhante...

As idéias que surgiram, morreram sem propósito
A cada dia um novo tempo
A cada tempo um novo dia

De novo assim
De novo outro fim
De novo aqui
De novo ali

Outra vez perdido
Outra vez achado
Outra vez campeão
Outra vez ilusão

Nunca mais derrota
Nunca mais vitória

Outro dia chuvoso
As nuvens escondem a lua
Que por acaso não brilhou muito hoje

[Rafael Xereta]

terça-feira, 18 de março de 2008

Sem pé nem cabeça

- Oi, tudo bem?
- Tudo, e com você?
- Legal. De onde é?
- De Serra Talhada e você?
- Eu não sou de lugar nenhum.
- O que gosta de fazer lá?
- Nada, lá não tem nada.
- Gosto de sair com minhas amigas.
- Nunca tive um amigo, não sei o que é isso.
- Como não? Não tem ninguém?
- Não. Eu vim de lugar nenhum.
- Mas onde fica?
- Não sei. Acho que em nenhum lugar.
- Deve ser triste viver assim.
- Um pouco. Mas do que estamos falando mesmo?
- Não sei, conversa sem pé nem cabeça.
- Essa conversa vem de lugar nenhum também.
- Nossa, você é muito triste ou é impressão minha?
- Nada, só estou por aí procurando.
- Procurando o quê?
- Sei lá, talvez um amigo.

[Rafael Xereta]

quarta-feira, 12 de março de 2008

Eu quero

Quero chegar em casa e encontrar crianças correndo pela casa
Quando cansado do serviço estiver, aconchegar nos braços dela
Em uma tarde ensolarada levar a criançada para qualquer lugar
Ganhando sorrisos...

Sair de férias por um ano, eu e ela no paraíso
Pegar algumas ondas, tomar água de coco
Esquecer aquele mundo urbano
E, quem sabe, mais um para a família

Chamar os amigos no domingo
Pular na piscina, ouvir boas músicas
Gozar dos melhores prazeres da vida
Aproveitar enquanto vivo estou

Ter meu recanto, com livros nas estantes
Com minha coleção de discos de vinil
Local de reflexão
Nada de estranhos

À noite deitar na grama, contar estrelas
Ouvindo o coração no peito dela bater
Conversando sobre assuntos sem sentido
Dormir, acordar, e ver ela
Aqui.

[Rafael Xereta]

segunda-feira, 10 de março de 2008

Sombra de domingo

Talvez seja assim que tem que ser, ninguém pode julgar o que dizer.
Foi assim, se era um sonho quem discutirá a razão de sonhar se possível fosse.
Sorrir é tão simples, só mostrar os dentes. Antes fosse.
Aquele sorriso que realmente vem de dentro, você o dá sem o mesmo perceber.
Sincero, humilde, mas realmente sorrindo.

Aquela velha sombra por onde sentamos várias tardes de domingo, não existe mais?
Lugar de conversas, sorrisos e carinhos.
Onde, sim, eu poderia me encontrar num simples toque de mão. Macia.
Esquecendo do mundo, e planejando futuros, futuros... que se tornaram passado?

O que está me olhando? Não consigo sorrir.
Por que está me enganando? Você me faz sorrir.

O velho abrigo não está destruído.
Eu cuidei do lugar, a sombra ainda está lá.
Domingo estarei, neste mesmo lugar, quem sabe você vai chegar.

[Rafael Xereta]

terça-feira, 4 de março de 2008

Golzera 87, O Transformer

O melhor carro do mundo
Companheiro das antigas
Na mão nunca deixou
Só uma vez alguém roubou

Carro com sentimentos
Falasse mal... Não!
Transformers
Ação!

No som Follow You Home
Na pista... vixe nem vi
Lá dentro... só Figura
Hoje é dia de aventura

Pisa, afunda, corre...
Deu zebra, puxa, freia, esconde...
Xiii, ferveu...
Mas o golzera ainda é meu

Chegou a hora
Hora de ir embora
Que o próximo cuide bem
Esse carro é do além.

[Rafael Xereta]

segunda-feira, 3 de março de 2008

[o.mundo.das.idéias.é.um.mundo.perfeito]

Quem sabe um dia posso provar que eu era inocente. Quem sabe alguém resolva acreditar que eu não estava presente, que era apenas um fruto do consciente de alguém que blefou. Você pode respeitar uma imaginação, acreditar que precisei me esconder no quintal de casa, muitos me perseguiram.
Agora, com provas, concretas, e subconscientes, talvez quem duvidou da minha palavra há anos entenda porque me escondi naquele velho quintal. Onde só havia uma fogueira, e dois pedaços de papel.
Quantos tentaram o mesmo, e não conseguiram devido alguns quintais não serem explorados. Seria fácil, pegue um papel e fuja. Esqueça que existe alguém, pense em provar porque escreveu um texto e desapareceu.

Peguei um vinyl velho do meu pai, escrito The Wall, neste dia não fiz mais nada, deixei o cara falar um pouco por mim.

[Rafael Xereta]

domingo, 2 de março de 2008

Gol contra

Escrevo AZUL porque o VERDE lembra as CORES que ainda não respeitam.
A banderia tem AMARELO porque lembra nosso OURO, que ouro?
O VERDE é para lembrar as florestas, QUEIMADAS?
O AZUL para lembrar do que mesmo? Da água?
Estrelas? Não consigo ver nenhuma, tem muita fumaça no ar.

Ordem e Progresso, estão numa ordem decrescente, como o país?

Bom, é o país do FUTEBOL.
Vamos ver jogo na TV, no estádio a gente pode morrer.
Xiii... Gol contra da política.

[Rafael Xereta]