quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Guerra invisível

Eu vejo que o mundo vai passando
E estou aqui criando uma guerra invisível
Crianças em branco e preto choram enquanto estou com medo
Mas ninguém vê a base do outro lado gritando meu nome

De passo em passo, avanço até o próximo ponto
Outra bomba caiu perto de mim
E mais um companheiro foi pro saco
Deitado, tento livrar os males que posso sofrer

Carrego no peito a cicatriz da virtude
Contra o medo, tenho amigos e fuzileiros
Você não pode ver, mas estão logo atrás de você
Prontos para atirar a qualquer movimento em falso

Com o rosto ensaguentado, e uma corda nas mãos
Chego em base, chego livre, chego salvo
Um tiro estoura no ar, é hora de ir
E outra vez... partimos, para salvar crianças

[Rafael Xereta]

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