quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Meu abrigo

Está muito escuro aqui, a chuva cai forte lá fora
E você ainda não chegou
O barulho dos trovões são confundíveis ao teu carro
E você ainda não chegou

A luz acabou, mas as velas já estão acesas
E você quando vai chegar?
Estou cansado, exausto, mas não posso dormir
Até você chegar

Jurei amor eterno, jurei proteção por toda vida
Algo me diz que devo te procurar por aí
Mas a chuva cai muito forte, e lá fora não existe mais nada
Todos fugiram, tudo acabou, só nos restou um lar

Droga, peguei no sono. Acordei já era dia
Olhei pro lado e você não estava
E assim foram-se semanas e semanas
Todos os dias as velas estão acesas, como combinamos

Não posso acreditar que te levaram, sei que vai voltar
A natureza te trará, é só esperar a chuva passar

Hoje a noite sai em sua busca, as estrelas me mostravam o caminho
O som do vento pelas ruínas me indicava a direção
A voz em minha cabeça me encorajava de razão
E outra vez acreditei em meu coração

Não mais voltei para casa
Não mais acredito na vida
Por este fim de mundo vou caminhar
Por esses dias pretendo te encontrar

Droga, adormeci de novo. Já não sei mais onde estou
Acordo suado no meio da noite, e quem me diz 'está tudo bem?'
É você. A razão. O porquê.
Encontrei após dias de paz e dias de luta. Encontrei meu bem maior
Meu refúgio, meu abrigo.

[Rafael Xereta]

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