terça-feira, 1 de julho de 2008

Prisioneiro de si mesmo

As grades que aqui me prendem, me relusem alguma idéia de liberdade lá fora
Talvez uma janela me convidando para o paraíso
Ou apenas três barras de ferro que me separam de minha família
O sol só entra aqui no inverno, e olha que não esquenta nada

Estão chegando outra vez, é hora do almoço
Se não se comportar fica tão solitário na solitária
Um livro antigo, que mamãe me deu
Acho que já o li umas cinco vezes

Mais três chegaram, e um se foi
Dormem, hoje, ao meu lado
Quem sabe, amanhã dormem no céu
São dois negros e um branco

Talvez eles morrerão amanhã cedo
Parece que brincaram com a família errada
O cara tem poder até aqui dentro
É... acho que vou ler o livro pela sexta vez

[Rafael Xereta]

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