terça-feira, 13 de maio de 2008

Filho do caipira

Era tarde lá na roça
Meu muleque já dormindo
Minha mulher pra mim sorrindo
Escutei um barulhão

Meu filho gritava alto
Mais que um berro de um berrante
Eu tentei correr atrás
Mas tive um dia exaustante

Peguei minha cartuchera
Sai pela escuridão
Não tava pra brincadera
Pensei numa solução

Vo dá um tiro pra cima
Que eu despacho o vagabundo
Que carrega o meu filho
Meu amor maior do mundo

E ele entrou pro mei do mato
Que eu conheço até os buraco
Que os tatu tinha cavado
Onde caia os meu cavalo

Foi aí que eu escutei
Um grito veio ali de perto
Era um muleque esperto
Daí então me agachei

Senti umas quatro passada
Pareceu minha boiada
Mas só tinha duas pata
Era o maldito do ladrão

Dei uma galopada
E só com uma rasterada
Bem perto da gaiada
Eu peguei o meu filhão

O bandido escapou
Mas com isso eu não ligo
Quero viver com amor
Bem perto do meu filho

[Rafael Xereta]

Um comentário:

Kaio Cezar disse...

Pegar essa eidós, juntar com uma hilé e depois é só curtir uma ousía.

aehauhaeueah